Milagres do cotidiano - dia 10


 

Cuiabá, 15 de julho de 2023.

 

Estávamos eu e Gabriel num resort de alto padrão aqui perto de Cuiabá. Ele se engajou em um grupo de jovens e ao fim da noite disse que estaria  com eles. Fui pro meu quarto , disse que iria esperá-lo pra dormir. Ele estava sem celular.

Já se tinham passado das 22:30 da noite, e nada do moleque. Saí andando pelo complexo para encontrar meu filho. Nada.

Voltei no quarto. Ele não tinha ido pra lá. Fui a todos os lugares onde ele poderia estar. Nem rastro do guri.

Fui a recepção. Pedi pra interfonar no quarto, acionei a segurança. Comecei a caminhar escoltada no hotel procurando, o coração ora batia, ora parava.

De repente vejo ele, correndo.

Corro em seu encontro, ele também, chorando já.

Disse que estava desesperado porque não me achava. E que então decidiu sair pra me procurar porque sabia que eu não voltaria pro quarto. Que eu não ia parar de procurá-lo nunca. Que eu não desistiria até encontrá-lo.

Esse é o milagre do dia. Do final de semana. Da vida.

Meu filho. A melhor e maior decisão mais bem sucedida que tomei na vida.

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