Milagres do cotidiano - dia 18
Cuiabá,
12 de agosto de 2023.
Vivemos
nossa vida de maneira tão egoísta que não somos capazes de imaginar, muitas
vezes, que somos referência para outras pessoas.
É
algo tão óbvio, e talvez por isso tão ignorado.
Sou
palestrante desde os 17 anos de idade, o que se revela minha grande paixão e
propósito de vida: comunicar a corações sedentos de uma espécie de consolo.
Seja
através da doutrina espírita, como gestora ou coach, percebi minha realização pessoal
transmitindo um pouco do conhecimento que venho agregando ao longo da minha
trajetória.
Sendo
assim, um dia após uma das falas que fiz na comemoração de São Cosme e Damião,
uma menina, aparentemente frágil e tímida, entrou em contato.
Seu
nome era Jovana, e ela dizia que me
admirava muito, e que gostaria de ser palestrante como eu.
Chamei-a
pra um almoço, a fim de sondar se sua real intenção era aprender apenas
técnicas de oratória ou se tinham outros projetos além disso, e ao longo da
conversa, descobri que ela também era consteladora.
Eu
carregava comigo um preconceito digno de alguém ignorante, e por não saber ,
rejeitava.
Naquele
almoço, falei dos benefícios do coaching na vida dela, e ela me introduziu no
mundo das constelações.
Iniciamos
um processo mútuo de sessões, sendo ela minha coachee e eu sua constelada.
Através
das constelações pude iniciar um processo de cura com minha ancestralidade,
encerrar sistemas dolorosos , sanar dúvidas , acalmar certos sentimentos de ira
, desnudar vários sentimentos tamponados, acolher minha criança interior,
viajar de maneira profunda nesse lago da minha existência.
Ela,
a Jojô, como eu gosto de chamar... Ela chegou de maneira tacanha, envergonhada,
um pouco desconfiada, mas mesmo assim, se entregou. Uma garota que começou essa
trajetória de aprendizado e fez crescer uma mulher , a cada dia mais madura,
determinada, consciente, forte, firme, resoluta.
Até
quando escolheu mudar seus rumos, ela soube se impor de maneira a me encarar e
dizer: não quero mais isso! Meus objetivos agora são outros!
Jojô
revelou a coragem que poucos de nós temos: aquela de enfrentar as dores, os
limites, os obstáculos (maioria deles morais e baseados em crenças difíceis de
demover), e mesmo chorando, de feridas abertas, ela se entregou e manifestou o
seu melhor.
De
alguém que não tinha coragem de aparecer e se comunicar publicamente a uma
mulher que tem orgulho da sua imagem, eu vejo nela e na sua caminhada, o
milagre desse dia, da minha e da vida dela.
Ter
a honra de galgar esses degraus com ela foi a dádiva que esse ano me trouxe, a confirmação
do meu propósito de vida, o reforço de estar num caminho luminoso. A certeza de
que estou sendo instrumento da divindade para algo superior por mim e pelos
outros.
Música
do dia : Ain´t no mountain high enough – Aretha Franklin.
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